domingo, 29 de junho de 2008

Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots - PS3 - NOTÍCIAS



Soberbo! Maravilhoso! Perfeito! Inesquecível! Estupendo! Mágico! Emocionante! Arrasador! Fantástico!

Estes poderiam ser alguns adjetivos sobre o que vem sendo chamada de a obra-prima de Hideo Kojima, Metal Gear Solid 4. E devo concordar, que Kojima atingiu um nível com este game, que talvez jamais seja atingido por nenhum outro game, mesmo nas plataformas futuras, portanto, sim, essa é a obra-prima e definitiva que conta a última missão do soldado lendário Solid Snake, e esses poucos adjetivos não refletem tudo que o jogo proporciona. Só pra ter uma idéia, na semana de lançamento do game, o console da Sony foi o mais vendido no Japão, saltando das 10.000 unidades para 75.000 unidades.

Cada versão do game lançada, Solid Snake adquiria mais e mais fãs. E isto é outro ponto forte da franquia. Não só Snake, mas todos os personagens criados por Kojima contam com um carisma inigualável, sejam os considerados mocinhos ou vilões. Ninguém aqui luta porque o chefão matou o pai ou mãe ou porque quer ser o melhor lutador do mundo. Todos os personagens têm a sua própria motivação, muitas vezes bem complexa, nos levando a simpatizar com praticamente todos.

Sim, Snake sai de cena neste game, lutando como sempre fez: lutando pelo que acreditava, mas isso não quer dizer que a saga Metal Gear esteja encerrada, apenas um velho e cansado soldado se aposenta num dos momentos mais emocionantes do mundo dos games.

Pra quem não acompanhou a saga ao longo do tempo, vamos fazer um "breve" resumo sobre a história, ou seja, o ponto forte da franquia. A cronologia é um pouco bagunçada, mas se encaixa perfeitamente, tudo começa com Metal Gear Solid 3, lançado em 2006, que se passa durante a guerra fria, o protagonista é Snake, mas não Solid Snake e sim, Naked Snake, soldado altamente treinado por Boss em sua primeira missão que visa resgatar um engenheiro nas fronteiras da Russia. Snake tem sucesso em encontrar o engenheiro, e tem seu primeiro contato com Ocelot (ainda muito jovem) e com Eva, na fuga Snake acaba abordado pelo general Volgin e por Boss e tem o primeiro contato com um Metal Gear (um tanque de guerra bípede, capaz de lançar armas nucleares), e para surpresa do herói é rapidamente abatido pela sua ex-tutora, sendo jogado de uma ponte, o engenheiro é recapturado. Snake ferido e confuso é resgatado, e levado devolta aos E.U.A.. Novamente Naked Snake é enviado para uma nova missão, desta vez destruir Metal Gear e assassinar Boss. Após muitas reviravoltas, Snake perde um olho numa luta com Volgin e passa a utilizar um tapa olho, consegue destruir Metal Gear, tem seu confronto com Boss, e recupera um arquivo com os dados dos Patriots, e num dos finais mais tristes já visto, chora sob a lápide de sua mestra, e começa a repensar sobre os acontecimentos envolvendo as batalhas. A frase de Boss fica em sua mente para sempre: "O perdedor deixa o campo de batalha e pode finalmente ficar em paz, ao vencedor resta apenas continuar lutando".

O jogo seguinte na cronologia histórica, é Metal Gear, lançado em 1988, para MSX, desta vez o soldado Solid Snake, membro do grupo de forças especiais FOXHOUND, é enviado a Outer Heaven, pequeno país localizado a note de Salzburg, para se infiltrar em uma fortaleza militar erguida por um antigo mercenário heróico e louco, e para investigar o desaparecimento do primeiro soldado enviado a fortaleza, Grey Fox, que havia conseguido enviar apenas uma mensagem dizendo: "Metal Gear". Snake tem sucesso na infiltração e encontra Grey Fox que revela Metal Gear como um tanque militar capaz de portar uma pesada artilharia nuclear. Snake salva o engenheiro criador de Metal Gear, e assim, consegue descobrir as fraquezas para destruir o tanque de guerra. No final, Snake encara Big Boss, seu comandante na FOXHOUND, e pasmem, nosso antigo Naked Snake de MGS3. A batalha é feroz e Solid Snake consegue destruir a máquina de batalha, deixando Big Boss para trás agonizando...

O sucesso não parou por aí, e Metal Gear 2: Solid Snake foi lançado no ano seguinte, para MSX2. Desta vez a história se passa no ano de 1999. Uma nova substância, chamada Olix, usada pra processar óleo cru foi desenvolvida e obtida por um novo estado, intitulado Zanzibar, de exército independente que declara a supremacia política contra o mundo. Snake é chamado novamente, desta vez por Roy Campbell, novo chefe da FOXHOUND, para se infiltrar em Zanzibar e resgatar Dr. Kio Marv e recuperar a fórmula do Olix. Snake novamente tem sucesso na infiltração e acaba descobrindo a existência de outro Metal Gear. Sabendo do poder da máquina Snake passa a ter como objetivo principal destruir tal artefato. No avanço de sua missão, Snake reencontra Grey Fox, que se rebelou e passou a liderar as forças de Zanzibar. Snake destrói o novo Metal Gear, derrota Grey Fox, e novamente se depara com Big Boss, que comandou e manipulou Snake em toda a operação. Snake luta novamente com o ex-herói, derrotando-o e ouvindo de Big Boss, uma das frases imortalizadas da saga: "O perdedor deixa o campo de batalha e pode finalmente ficar em paz, ao vencedor resta apenas continuar lutando". Snake parte de Zanzibar que explode, levando para sempre os vestígios de seus ex-companheiros. Snake decide se aposentar, abandonando a FOXHOUND e desaparecendo entre os campos gélidos do Alaska para viver em paz.

O problema é que alguns anos depois, em Metal Gear Solid, lançado para Playstation, Snake é localizado pela FOXHOUND, e seu antigo chefe Roy Campbell, solicita novamente os serviços de Snake, para realizar uma missão no Alaska. Desta vez o objetivo e investigar um grupo terrorista formado por ex-membros da FOXHOUND, que assumiram o controle da base militar Shadow Moses que esconde muitos segredos. Após a bem-sucedida infiltração por meio das águas geladas do Alaska, Snake resgata o presidente da ARMS TECH, após batalha com o já velho Revolver Ocelot, que perde uma mão para um ninja misterioso, e fica sabendo de um novo Metal Gear, codinome Rex, como não podia deixar de ser Snake passa a ter um novo objetivo. Snake é manipulado o tempo todo por Liquid Snake, disfarçado de Master Miller, cujo objetivo é ativar o Metal Gear. Snake descobre com o engenheiro chefe do projeto Otacon, como desativar a arma de guerra, mas o processo de desativação acaba por ativar Rex, uma batalha violenta ocorre nos subterrâneos da base e Snake consegue destruir Metal Gear com a ajuda do ninja, cuja identidade é Grey Fox. No processo, Grey Fox é morto e Snake lamenta a morto do ex-companheiro. Durante a explosão de Metal Gear, Snake é lançado contra uma parede e cai desacordado. Quando recobra a consciência, Snake se depara com Liquid ainda vivo, que revela ao herói o plano "Les Infant Terribles", um projeto em que as células de Big Boss, morto em Zanzibar foram utilizadas para criar clones do que foi considerado o soldado perfeito. Para surpresa de Snake, ele e Liquid são esses clones. Após isso, Solid e Liquid se encaram numa batalha no topo do Metal Gear Rex, Snake vence, resgata Meryl e começa a fugir da base. Incrivelmente Liquid sobrevive e passa a perseguir Meryl e Snake. Após uma batida dos jipes, Snake fica em má posição, e quando Liquid iria acabar com o herói, ele é afetado pelo vírus FOX DIE e sucumbe. Snake cumpre mais uma vez sua missão e parte com Meryl em um snow mobil pelas planícies do Alaska.

Um ano se passou deste o incidente em Shadow Moses, e agora em Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty, lançado para Playstation 2 e PC, Snake trabalha como mercenário juntamente com Otacon, destruindo Metal Gears ao redor do planeta. Desta vez algumas pistas o levam até um navio militar em Nova York, em uma noite chuvosa. Snake acaba recuperando algumas informações sobre o novo Metal Gear, codinome Ray, entre essas informações a de que esta máquina possui características anfíbias, além das já conhecidas capacidades nucleares. No final deste primeiro momento, Ocelot rouba o Metal Gear destruindo o navio, não antes da personalidade de Liquid se revelar em Ocelot, através do braço transplantando de Liquid em Ocelot. Snake é dado como morto. Algum tempo se passa e Roy Campbell, líder da FOXHOUND envia um novo soldado intitulado Snake, mas que tem seu nome trocado para Rayden, para investigar a plataforma Big Shell, erguida para corrigir o impacto ambiental causado pelo óleo vazado do navio afundado no incidente com o Metal Gear, e que foi tomada por um grupo terrorista formada por ex-membros da Dead Cell. Rayden acaba por presenciar a morte do presidente norte-americano, e tem contato com um soldado muito hábil intitulado Plisken. Na batalha final Rayden descobre que estava sendo manipulado pelos Patriots, através de um programa de inteligência artificial que reproduzia a personalidade de Roy Campbell, acaba por enfrentar diversos Metal Gears Ray descobrindo que o verdadeiro Metal Gear é o próprio Big Shell, os Ray serviam apenas como protetores da base. Plisken revela ser na verdade, Solid Snake, e enquanto Rayden batalha com Solidus Snake, mais um clone de Big Boss, Snake pula atrás do Metal Gear Ray pilotado por Ocelot, mas praticamente sob o domínio mental de Liquid. No final, meio deixando um gostinho de quero mais, Rayden vence Solidus e Snake consegue colocar um rastreador no Metal Gear fugitivo.

Ufa! E chegamos ao ponto onde Metal Gear Solid 4 inicia. O título lançado no Playstation 3 prometeu, e cumpriu, amarrar as pontas soltas criadas em toda a saga, sendo um marco fantástico para a indústria dos videogames dada o tamanho da produção e resultados obtidos. Tudo é exorbitantemente detalhado, cada ponto do enredo, da parte gráfica e sonora que podemos dizer que o game é perfeito, sem erros.

É sempre complicado falar da história de um game sem revelar alguma surpresa, por isso apenas o básico. Assim como que ocorre com tudo que é clonado, após os eventos do segundo Metal Gear, os genes de Snake começam a se comportar de maneira acelerada, causando o envelhecimento precoce do herói. Mesmo com esse problema em seu organismo, ele é novamente convocado por Campbell para uma nova missão suicida, desta vez no oriente médio. O objetivo da missão é bem simples, acabar de uma vez por todas com seu velho rival Liquid Snake, agora Liquid Ocelot. Já na chegada o clima é quente, Snake está bem no meio de uma guerra civil entre os exércitos comandados por Liquid e um grupo de resistência local. A partir daqui, a história segue como em todas as outras versões, reviravoltas e revelações que pipocam para todos os lados.

A jogabilidade de MGS4 continua como a das versões anteriores com algumas pequenas mudanças, não sendo difícil se adaptar, os menus laterais acionados com os botões L e R, para equipar armas e equipamentos continuam lá, bem como a eficaz maneira de se agachar e rastejar, um botão pra executar as ações, outro pra chamar os contatos via comunicador, no mesmo esquema das freqüências de rádio já clássicas, além de alguns comandos básicos como a luta corporal militar (CQC), apresentada em MGS3, a possibilidade de revistar o corpo de adversários abatidos, e de usar as camuflagens com o novo traje desenvolvido por Otacon, o OctaCamo. E é exatamente no novo traje que estão concentradas as maiores inovações, tornando o jogo totalmente diferente dos anteriores. A OctoCamo provê força e agilidade para Snake, mas também fornece ao soldado a camuflagem que for necessária. Para mudar de camuflagem nesta versão nada de ficar abrindo menus e mais menus, que causava uma queda na ação em MGS3, mas sim basta que se deite com o personagem no chão ou que se encoste a alguma parede ou objeto, pressionando o botão triângulo para que o traje adquira automaticamente aquela textura. O medidor que mostra o nível de camuflagem também continua presente no canto superior direito da tela. Também se mantém a possibilidade de optar por diferentes camuflagens manualmente, para equipar camuflagens adquiridas durante o decorrer do games e nas batalhas contra os chefes.

A outra novidade fica por conta do SolidEye, novo recurso de reconhecimento de campo em tempo real desenvolvido com o objetivo de melhorar a vida de nosso espião e não como alguns desinformados andaram falando por aí que era o novo tapa olho de Snake, o olho do herói continua lá. Esse equipamento permite que o jogador tenha acesso em tempo real a informações sobre tudo o que o cerca, como a localização dos inimigos, uma pequena descrição sobre cada coisa vista por seus olhos, de inimigos a itens escondidos, e até mesmo mede o som causado pelos movimentos de Snake e seus adversários, o que permite passar sem ser notado pelos olhos inimigos com mais precisão. Ah! E também funciona como binóculos, termal googles e infravermelhos. Um brinquedinho bem útil.

Por fim, temos a ajuda do MKII, um minúsculo Metal Gear criado por Otacon e que apareceu muitas vezes nos vídeos iniciais de MGS4, que tem a função de passar informações importantes sobre o campo de batalha para Snake, além de permitir que Otacon possa hackear computadores à distância. O robozinho, geralmente fica invisível, mas existe a possibilidade de se assumir o controle do mesmo por meio de controle remoto, permitindo paralisar os inimigos com uma pequena, mas forte descarga elétrica através de um tentáculo. Mas use esses recursos com sabedoria, porque a bateria de MKII acaba rapidinho.

Praticamente tudo presente nos cenários de MGS4 podem ser utilizados como armas, ou para se esconder, as tradicionais caixas de papelão, marca registrada da série estão presentes, há a possiblidade também de se utilziar barris para se esconder ou para rolar contra os inimigos, se você rolar dentro do barril, Snake ficará tonto e vomitará (blargh!) quando sair do barril, portanto, deixando o personagem indefeso neste instante. Sem contar a possibilidade de se fazer literalmente de estátua para enganar os adversários.

Com todos esses recursos, avançar no game sem que sua presença seja notada se tornou algo notavelmente divertido e técnico. Mesmo assim, Metal Gear não se trata apenas de ficar escondido o tempo todo, não é, e nunca foi, existem vários momentos de ação desenfreada no game, exigindo além de habilidades de camuflagem, um ótimo manejo e mira com armas de fogo. Entretanto, a maneira como se conseguem armas mudou um pouco, ainda é possível conseguir armamentos no campo de batalha e como já visto, dos corpos dos inimigos abatidos, mas existe um porém nesta questão que aqueles que tiverem a oportunidade de jogar descobrirão e é aí que entra uma espécie de negociador do mercado negro chamado Drebin, que oferece equipamento militar em troca de alguns pequenos favores. Cumprido o que "mercante" pediu, ele se oferece para ''limpar'' as armas, permitindo que o herói faça uso delas, além de logicamente vender munição, equipamentos diversos e todo um arsenal exclusivo, semelhante ao vendedor de Resident Evil 4. A diferença é que ele não estará em lugares específicos, basta acessar o menu em qualquer momento do game, e gastar os créditos na compra dos equipamentos. Para conseguir os créditos você deve pegar algum armamento deixado por um inimigo ou executar movimentos de luta com Snake.

Assim como anunciado no primeiro trailer, MGS4 carregava a seguinte frase: “No Place to Hide”. Não que realmente não haja onde se esconder, mas a inteligência artificial deste game é algo assombroso. Existem muitas variações de ações que os inimigos, e, principalmente os Metal Gears Gekko (União de tecnologia e tecidos orgânicos) podem executar, não há mais aquele caminho fixo que as unidades possuíam nas versões anteriores do game, agora cada unidade se movimenta pelo cenário como bem entender, realístico ao extremo. Experimente fazer um barulho proposital para ver a reação do inimigo, os soldados chegam a formar pequenos grupos e bloquear os possíveis caminhos aonde eles “acham” que o inimigo se encontre.

Os chefões sempre foram um show à parte na franquia. Como sempre um mais carismático e perturbado mentalmente que o outro, e lógico cada um possui sua própria estratégia para ser derrotado. Alguns são mais fáceis de descobrir a estratégia que outros, por isso fique sempre atento as dicas da história, principalmente as que se referem a personalidade de cada chefe. Será requerido até mesmo, relembrar acontecimentos das outras aventuras para poder seguir adiante. Foi de dar um calafrio na espinha quando Snake proferiu aquela outra famosa frase: “It can’t be”. Muitas emoções foram reservadas para cada desfecho de lutas contra os chefes.

Com tudo isto, este filme ... quer dizer game de Metal Gear, é esplendoroso, as cenas que relatam a história podem chegar a ultrapassar 30 minutos de duração, e aí é outro ponto destaque do game, a jogabilidade tem uma duração menor do que as custcenes. Nada mais que justo, já que o foco de um Metal Gear sempre foi o enredo mirabolantemente delicioso, deixando qualquer produtor de Hollywood se mordendo de inveja. Outro ponto legar, é que aquele equipamento que Snake estiver usando quando entrar na cena, será mantido durante todo o tempo de duração da cena, provando que o jogo é realmente totalmente desenvolvido em tempo real, o que entrega que o desenvolvimento do game foi dirigido ao hardware puro. Calma, você pode cortar as custcenes com o botão de pause, com exceção das transmissões via codec. Mas se for pra jogar MGS4 sem curtir a história, nem se dê ao luxo de jogar. O velho recurso de se utilizar o L1 para mudar a câmera para outra visão se mantém presente aqui. Um novo ponto nesta mesma linha é que em alguns casos será necessário pressionar o botão X para que pequenas imagens sejam mostradas durante os diálogos revelando alguns segredos interessantes. Pra resumir o jogo tem cerca de 15 a 20 horas de jogo, incluindo as custcenes e o desfecho final é surpreendente.

Agora chegamos a um ponto que não tem volta, os gráficos do game. É impossível definir o grau atingido por Hideo e sua equipe neste aspecto, falando tanto tecnicamente quanto artisticamente. Sem dúvida não existe nenhum game lançado até hoje que seja tão detalhado e vislumbrante. Kojima até havia dito que o disco Blu-Ray de camada dupla ia ser pouco e muita gente o criticou, mas ao jogar você realmente notará o por quê dele ter proferido tais palavras. As texturas presentes no game são em alta definição riquíssimas em detalhes e por isso pesadíssimas. As áreas e cenários são muito amplos, deixando você com aquela sensação de “Meu Deus, não chego nunca”. As mulheres então foram realmente caprichadas nos detalhes, Meryl está linda e Mei Ling então, arrasa qualquer coração. Os chefes são incrivelmente detalhados em cada movimento e em cada parte de seus designes gráficos. Sem contar o momento de se assistir a Metal Gear, um verdadeiro filmasso. Você pode curtir a sensacional luta entre Rayden e Vamp com uma pipoquinha se quiser. Tudo em tempo real. Se você já for um possuidor de uma televisão de alta definição então, verá o que há de mais belo mo mundo dos games da época atual. É impossível dizer que Kojima, e ele realmente já disse isso uma vez em uma entrevista, não sonha em ser produtor de cinema. Tudo é levado pra um ambiente cinematográfico, desde a iluminação incrível, até o sistema de partículas como fogo, água e explosões. As tomada de câmera são exuberantes.

Claro que tudo isso, tem um contra, as instalações no disco rígido. A primeira demora cerca de 10 minutos (pouco você diria? Então imagine você com o game em mãos, sedento pra ver o resultado e ter que aguardar esses 10 minutos) e depois de cada capítulo concluído, é necessária fazer uma noiva instalação que leva de 1 a 3 minutos. Isso, às vezes, pode quebrar aquela sensação de quero mais que o jogo proporciona e em caso de você querer retornar em alguns pontos por onde já passou, talvez uma nova instalação seja necessária.

Agora, o som. Como sempre desde a primeira versão lançada para Playstation, os efeitos sonoros são excelentes e foram mixados pela Skywalker Sound, aquela que usa a tecnologia THX criada pela LucasArts, conhece?!? Pra resumir tudo é muito real, perfeitamente arranjado e mixado. O ponto forte é a dublagem, todos os dubladores da saga estão presentes novamente, e David Hayter dá um show de interpretação ao nosso envelhecido herói. A ambientalização sonora é perfeita, cada pequeno detalhe foi pensado, e as músicas como sempre são mais um ponto de destaque. Foram feitas canções específicas para o game e o tema clássico foi novamente mixado. Os diálogos são realmente algo de cinema, e a equipe de dublagem americana foi perfeita, aliás, esse é um dos poucos games que a dublagem americana ganha da japonesa. As piadinhas são de arrancar risos, principalmente as entre Snake e Otacon e Snake e Meryl.

Pra finalizar, eu poderia continuar relatando aqui as experiências, mas palavras faltam para definir a magnitude alcançada pela Konami, Kojima e sua equipe com esse blockbuster dos games. Tudo é muito perfeito, e Metal Gear Solid 4: Guns of The Patriots não será esquecido tão cedo, e talvez jamais venha a ser esquecido pelos fãs da série e até mesmo por quem ainda não conhece a saga do maior soldado do mundo Solid Snake. Arrisco a dizer que talvez não seja lançado game na atual geração de consoles que supere a qualidade e diversão atingidas por este título. Snake sai de cena, e será lembrado por um horda de fãs espelhados pelo globo, e a história foi desmembrada em seus íntimos detalhes, encerrando um ciclo de sucesso, algo que muito game fica devendo por aí, graças a todas as cenas presentes no game. E, finalmente o Playstation 3 mostra para que veio ao mundo. Bill Gates morra de inveja e Mestre Kojima, meus parabéns, os gamemaníacos agradecem do fundo da mente e da alma por esta obra-primorosa.